quinta-feira, 7 de julho de 2011

CONTINUANDO AS REFLEXÕES...

Este texto foi escrito no dia 20/6/11, após ler o texto da Mafê e o da Regininha, e me pus a pensar que talvez ao escrever o meu, sinta-me “desesperada”, mas ainda não “desesperançosa” ( termos que Mafê usou em sua postagem do Paulo Freire).
A esperança está presente todos os dias ao vir para a escola, pois se não fosse assim, eu não teria sentido vir.
É bem verdade que ao sair daqui (a escola), a mesma esperança já está praticamente desaparecida.
Por que desesperada? Pela dificuldade de lidar com os alunos, com suas indisciplinas, com seus comportamentos agressivos, desrespeitoso, violento para comigo e para com os colegas, assim como para com as demais pessoas. Por vezes me pergunto se o problema está com a minha maneira de dar aula, se sou muito exigente. Depois ao conversar com outras colegas percebo que elas passam pelas mesmas dúvidas, e aí me acalmo um pouco.
A esperança se renova, qual chama de uma fogueira, quando os alunos, ou pelo menos alguns deles mostram progresso, compreensão, aprendizado. Aí penso que valeu a pena o embate.
E aí vale a pergunta da Regininha: para que serve a escola? Serve para ensinar e educar os alunos, e é esse o meu papel. É através do professor que esse ensino será aprendido. Cabe a nós, apesar dos pesares, enfrentar as feras, e oferecer aos alunos o melhor do nosso saber, ainda que em alguns momentos nos sintamos quase derrotados.
O que deve nos animar são nossos sonhos, concordo com a Rê, e plageando um poema de Arita Pettená chamado “A rua onde moro”, eu escreveria: “a educação que quero ensinar, eu a construí em sonhos [...], cativou as crianças todas que brincam no jardim, porque não conhecem ainda do amanhã o futuro incerto!”
 
CONTINUANDO A REFLETIR 3...
As novas diretrizes curriculares estão chegando. Na escola nos propusemos a estudar o currículo, e aí me surgem questões como:
·         As classes continuaram lotadas, com um número excessivo de alunos?
·         Continuaremos a receber alunos com 7,8 ou mais anos em nossas salas, alunos estes total ou parcialmente defasados na aprendizagem, apenas porque uma resolução define a idade do aluno por ciclo? Ou porque o discurso do sistema estabelece que o aluno tem dois ou três anos, dentro do ciclo para se alfabetizar? Ou tem todos os nove anos para que isso aconteça?
As provas Brasil, Campinas estão aí para nos mostrar que os alunos continuam com seu aprendizado abaixo do que se esperava.
Mais uma reflexão para ser feita, mas deixem para depois do recesso!
Um grande abraço, bom descanso .
Textos escritos pela professora Onéa Santos Arruda e postados em7/7/11.

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