sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Registro encontro de 05/08/2011

Reunião do GT de Currículo
Iniciamos dando continuidade às discussões sobre o texto, retomamos o debate sobre a crítica ao currículo que se volta ao mercado do trabalho, inserindo uma visão crítica sobre o mundo do trabalho e as relações que nossos alunos e alunas estabelecem desde cedo com ele.
E muitas vezes jogamos o peso nos jovens/crianças, como se a culpa fosse somente deles/as se não conseguirem futuramente um bom trabalho. Há muitas variáveis que interferem nas condições de trabalho em nossa sociedade e é preciso tomar cuidado para não reproduzir.
O apelo ao consumismo é algo que precisa ser questionado; as relações entre o ter é algo que situa o ser?
Sobre desiguais na capacidade de aprender – é preciso acreditar que tod@s são capazes de aprender e não estabelecer a priore o quê cada um é capaz, é preciso desafiar a tod@s na aprendizagem. Não podemos situar ninguém como incapazes de aprender.
A Simone falou algo importante que perdi! L Sobre a auto-estima
Por conta desse currículo estar voltado para um modelo de aluno, que hierarquiza os saberes e as aprendizagens, o que se faz para dar conta daqueles/as que não acompanham o currículo são recuperações paralelas, grupos de reforços, mas não se propõe rever esse modelo de currículo que gera essa desigualdade. É preciso rever a estrutura escolar.
E há diferentes cobranças da sociedade, via outras instituições, via provinhas e avaliações IDEB externas que mensuram a qualidade da escola e destorcem a realidade escolar e a capacidade da escola construir um currículo crítico e de qualidade.  
Porque as crianças de 6 anos estão sendo cobradas desta maneira, com relação à alfabetização? Apesar de, inicialmente, o discurso oficial ter sido outro, professoras sentem-se cobradas para alfabetizarem os alunos já no 1º ano.
Professora Dominique disse que no período da tarde está sendo muito difícil manter os alunos concentrados na sala das 13h às 18:20h, particularmente na última aula. Além disso, muitas classes estão saindo mais cedo, o que atrapalha um pouco as aulas de Educação Física.  
As avaliações do governo acabam por formatar as aulas de acordo com as mesmas, o que algumas professoras consideram medíocre, já que não há como nivelar o conhecimento de todos os alunos de todas as escolas, visto que cada aluno tem seu “tempo”.
Janey fez a proposta do grupo se organizar para uma apresentação no Seminário de Práticas Educativas que irá ocorrer em setembro na escola. Mafê sugeriu que houvesse também a discussão das Diretrizes Curriculares do 1º ao 5º ano.
Para o próximo encontro: quem desejar pode compartilhar textos escritos sobre nossas discussões e leituras em diálogo com as experiências em aula.

Registro feito pela Simone Cecília e Vanessa, durante o encontro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário