segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Relato do encontro de 29/07/2011

GT Currículo 29/07/2001
Presentes: Cláudia, Mônica, Simone Cecília, Vanessa, Dominique, Mafê, Simone Franco e Janey.

Discussão do texto: Revendo os Currículos no Espelho dos Educandos.

A visão reducionista marcou as décadas de 70 e 80, onde o papel das escolas era de preparar os alunos para o mercado de trabalho.
“Teremos de rever as supostas relações mecânicas entre escolarização e mercado de emprego. Conseqüentemente superar a visão dos alunos como empregáveis, como mercadoria é precondição para repensar o currículo”
(ARROYO, p. 25).
Simone Cecília fala sobre a importância de se fazer uma leitura crítica com os alunos das vivências, sonhos e expectativas, menciona que a Educação Física no passado se preocupava em separar os melhores alunos para os clubes, hoje ela discute a realidade, quais as possibilidades. Não podemos ignorar relação escola x trabalho.
Claudinha diz que muitos de nossos alunos do 8º e 9º ano já estão entrando para o mercado de trabalho e acabam fazendo a relação, ou interessando-se pelo conteúdo ensinado, quando se torna necessário em sua vida. Relatou que um aluno a procurou para perguntar sobre porcentagem que havia ensinado, pois precisou utilizar o cálculo no mercadinho onde trabalha.
 Existe um interesse no aluno, quando eles conseguem perceber os conteúdos inseridos no trabalho. Dominique questiona: Como fazer o aluno interessar-se nas aulas?  Como agir, para que os educados percebam a importância da escola em sua vida no futuro? Os alunos estão apáticos, a única coisa que os motivam na Educação Física é o futebol.
 Simone Franco fala sobre o “Imaginário Social”, onde a acessibilidade de nossos alunos somente a canais abertos é marcante o futebol.
 Simone Cecília apresenta regras oficiais do futebol, arbitragem, mas sem criar hierarquia de saberes, trabalha muito com a realidade social de nossos alunos, levando em conta suas experiências. Em suas aulas mescla meninos e meninas, mas relata que as meninas se anulam.
Mafê questiona: Como pensar o ensino do futebol aqui em nossa escola? Meninos e meninas em um espaço aberto, a questão do toque...  Temos que pensar em um currículo a longo prazo.
Para Simone Cecília, no 4º. Ano a relação de gênero é bem complicada, meninas acabem se excluindo nas atividades. Simone Franco acrescenta a importância de se fazer um trabalho sistemático desde o 1º ano.
Mafê acredita que a documentação, o registro são ferramentas importantes, pensando na defesa de coisas que precisam ser feitas e não deixar somente para a gestão. O registro é fundamental, pensando em uma escola que recebe professores novos a cada ano. Apontamentos para o que tem dado certo, pontos positivos, negativos, formas de agir... A realidade de nossos alunos a indisciplina relacionada aos problemas familiares.
Os alunos precisam ser acolhidos, eles pedem atenção o tempo todo, devido aos problemas sociais e afetivos. Vanessa fala que temos que ser mais cautelosos quando formos mencionar sobre os responsáveis pelos alunos. Hoje os responsáveis não são somente os pais, mas tios, avós, parentes... Temos uma imagem formada de família, mas a sociedade mudou.

“Equacionar o conhecimento, as competências e o currículo no referente do direito de todo o ser humano, particularmente das novas gerações à produção cultural da humanidade, nos levará a um currículo mais rico, mais plural. Um currículo que não secundarize, antes inclua com destaque, mas como direito, a oralidade, a escrita, a matemática, as ciências, e as técnicas de produção, o domínio dos instrumentos e equipamentos culturais produzidos para qualificar o trabalho como atividade humana” (ARROYO, p. 27)


 Ficou combinado para a próxima semana, retomar a leitura da página 27 para discussão.

Relato produzido pela Professora Mônica.

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