sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RELATO DO ENCONTRO DE 26/08/2011

Começamos o encontro socializando o que vivemos durante o SEMINÁRIO SOBRE AS DIRETRIZES CURRICULARES DOS ANOS INICIAIS - Texto preliminar ocorrido durante a semana de 22 a 26/08/2011.
Janey contou a organização proposta no seminário na terça-feira pela manhã, na discussão em grupos menores sobre o componente de língua portuguesa diz que não foi possível terminar a leitura de todos os objetivos, até porque a discussão foi muito rica e várias pessoas fizeram contribuições significativas.
Onéa e Simone Franco concordam com a Janey sobre sua fala a respeito da organização. Claudinha acredita que com relação ao componente de matemática, os objetivos de 4. e 5. ano são muito complexos em comparação ao que conseguem desenvolver com as turmas de 6. a 9. ano.
Com relação ao componente curricular de inglês nos preocupamos em como esta organização se dará a partir de 2012:
- a jornada dos professores de inglês será ampliada?
- será considerado o perfil do professor para atender crianças dos anos iniciais?
- como a rotina dos anos iniciais será organizada para que inglês seja inserido de maneira integrada ao currículo?
Mafê recorda que em nossa RPAI do fim de 2010 a professora de inglês Vaneilde já trouxe a informação de que os professores deste componente já estariam informados e se organizando para este atendimento a partir de 2012.
Mafê relembra que na fala de Wellington sobre a elaboração e implementação das DIRETRIZES CURRICULARES DOS ANOS INICIAIS o cronograma se dará da seguinte forma:
- primeira entrega das alterações propostas até 09/09/2011.
- textos sobre a infância, o ciclo e tabelas de suporte pedagógico com objetivos por componente curricular e possíveis atividades estão em fase de produção para envio as escolas.
- em 30/09/2011 a segunda versão do texto preliminar volta as escolas para nova discussão.
- em outubro haverá um novo seminário com a discussão de todo o documento parágrafo por parágrafo, para isso reservando um dia da semana para cada componente curricular.
- todas as considerações, alterações, sugestões podem ser enviadas por email até 30/10/2011
- até 15 de novembro o documento irá para impressão para no ínicio de 2012 começarmos a realizar nosso planejamento por turma a partir dele.
- durante o ano de 2012 o debate continuará a partir dos grupos de formação  em cada área de conhecimento para novas sugestões de alteração e publicação de uma segunda versão no final de 2012.
Entendemos que para a implementação das DIRETRIZES CURRICULARES DOS ANOS INICIAIS, assim como as dos anos finais, aconteça de maneira mais adequada possível, é preciso que tenhamos tempo, espaço e organização para um planejamento coletivo onde os profissionais dos diferentes componentes curriculares possam articular os objetivos de suas áreas, bem como, tempo e espaço para uma constante avaliação e reavaliação da implementação destes documentos.

Texto escrito durante o encontro por Simone Franco

domingo, 21 de agosto de 2011

REGISTRO DO ENCONTRO DO GRUPO DE ESTUDOS SOBRE O CURRÍCULO – 19/08/2011


 
REGISTRO DO ENCONTRO DO GRUPO DE ESTUDOS SOBRE O CURRÍCULO – 19/08/2011
Presentes na reunião:
  1. Claudinha (professora de Matemática – Ciclos III e IV);
  2. Dominique (professora de Educação Física – Ciclos III e IV);
  3. Janey (Orientadora pedagógica);
  4. Mafê (professora 1º ano A – Ciclos I e II);
  5. Mônica (professora de Artes – Ciclos I, III e IV);
  6. Regina (professora 2º ano B - Ciclo I); 
  7. Silmara (professora Adjunta – Ciclos III e IV);
  8. Simone Franco (professora 1º ano B – Ciclos I e II);
  9. Simone Cecília (professora de Educação Física – Ciclos II, III, IV e EJA);
  10. Vanessa (professora de História – Ciclos III e IV);
Diferentemente do que havia sido combinado para o início da discussão de hoje, Janey iniciou socializando para o grupo o "rascunho" que havia escrito, do resumo a ser apresentado no Seminário de Práticas Educativas da escola, em 19/09.
Houve certa indecisão entre as integrantes do grupo sobre a necessidade ou não de realizarmos esta apresentação...
As leituras realizadas nos encontros deste ano nos beneficiaram muito mais pelas discussões orais (acerca das visões que cada uma de nós tem de “aluno”, de “professor”, de “escola” e, enfim, de “currículo”) e pelos “impasses” gerados através de tais discussões – do que por escritos produzidos.
Observamos que apesar de nossos esforços, no intuito de construirmos, “coletivamente”, um currículo que “tenha a cara da nossa escola e da realidade que vivemos”, temos opiniões e visões ainda muito diferenciadas...
Apesar das poucas produções escritas, Simone Cecília acredita ser importante aproveitarmos este “espaço de formação” (proporcionado pelo Seminário), para socializarmos nossas discussões, embates, dúvidas e angústias; com os demais professores da nossa escola – que também fazem parte do cenário que discutimos.
Mafê e Simone colocam o pouquíssimo tempo que teremos até o Seminário e os inúmeros outros eventos/discussões que acontecem simultaneamente na rede municipal: Construção e Discussão das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais; Seminários para Discussão das Diretrizes e o envio de contribuições, sugestões e/ou alterações para a equipe de discussão do Currículo, até 09/09, por e-mail (sme.curriculo@campinas.sp.gov.br).
Após uma breve discussão, revimos o calendário dos próximos encontros e dividimos (sugestão “brilhante” da Mafê) os próximos encontros da seguinte forma:
·         Encontros dos dias 26/08 e 02/09: Discussão das Diretrizes Curriculares – Anos Iniciais e as implicações das mesmas na construção do Currículo da escola (objetivo de nossos encontros);
·         Encontros dos dias 09/09 e 16/09: Discussão e construção coletiva da apresentação do grupo no Seminário de Práticas Educativas (19/09);
Simone Franco socializou sua idéia de (dependendo do tempo hábil), “transformar” o texto discursivo da 1ª versão das Diretrizes em “tabelas”, a fim de facilitar a visualização e compreensão dos objetivos e conteúdos propostos nas Diretrizes para serem minimamente trabalhados em cada ano dos Ciclos I e II (1º ao 5º ano).
Também comentou que Janey (OP), deixou como “lição de casa” para o próximo TDC, para as professoras dos Ciclos I e II, que cada uma traga o texto (objetivos e conteúdos a serem trabalhados em cada disciplina) relativo ao ano em que está atuando em 2011 – já com suas opiniões, sugestões e contribuições (a fim de agilizar a discussão das Diretrizes).
Janey acrescentou que também estava organizando documentos com Objetivos e Conteúdos propostos pelas Diretrizes separados em arquivos do Word “por ano”, a fim de enviar por e-mail para as professoras dos Ciclos I e II e, assim, facilitar a leitura solicitada para o próximo TDC (25/08).
Simone Franco sugeriu que Janey envie tais arquivos (por e-mail) também para as integrantes do grupo, a fim de que todas leiam e se interem das discussões, uma vez que o conteúdo das Diretrizes Curriculares dos Anos Iniciais deve ser coerente com as Diretrizes Curriculares dos Anos Finais (publicadas no final de 2010), que já existem.
Claudinha, Dominique, Mônica, Silmara e Simone Cecília concordaram em realizar a leitura da parte relacionada às disciplinas com as quais trabalham. Vanessa (atrasada em virtude da participação num Congresso, em SP) – chegou a tempo de testemunhar os “combinados” para o próximo encontro do grupo e também concordou na realização da leitura.
Janey comprometeu-se a enviar os respectivos arquivos (com o conteúdo relacionado às disciplinas de atuação de cada professora) por e-mail, a fim de facilitar o acesso de todas aos conteúdos a serem lidos.
Antes de finalizar o registro (atrasado) do encontro da última sexta-feira...
Gostaria de expressar (de forma sincera e “desinteressada”), minha admiração e orgulho pelo registro feito pela colega Simone Franco, que acabei de ler (no blog do nosso grupo): assim como ela, eu também tenho me perguntado o quanto “vale a pena” nos reunirmos todas as sextas-feiras, para discutir o “currículo da/para nossa escola”...
Quando iniciei minha caminhada em “construir-me orientadora pedagógica” nesta escola, o grupo e a discussão quanto à construção do currículo já existiam – naquela época, a necessidade desta construção convenceu-me da sua legitimidade e real necessidade.
Desde então, muitas foram as “mudanças” e as “inovações/surpresas” trazidas pela rede municipal de Campinas – dentre elas, a construção das Diretrizes Curriculares e a necessidade de adequarmos nossas discussões aos objetivos e conteúdos, propostos por ela.
Ainda não sabemos quais serão os próximos passos deste grupo que, aos poucos (e apesar das dificuldades impostas pela exaustão do dia a dia da escola e pelo excesso de tarefas) se fortalece e permanece unido, em torno de um objetivo comum – que, em minha opinião, ficou claramente expresso no trecho escrito por Simone Franco:
“Não é possível continuar acreditando que apenas um “método”, um olhar, uma ação atende a todas as nossas expectativas, a todas as necessidades de aprendizagem de nossas crianças, a escola é muito mais que isso. Ela se faz em um emaranhado de olhares, expectativas e ações que devemos conhecer, discutir, refletir, rever e re-planejar constantemente”.[1]
Registro escrito por Janey Silva (Orientadora Pedagógica)

 

Procurar saber (se) perguntando...

Tenho me perguntado o quanto vale a pena estarmos reunidas para discutir o currículo em nossa escola. Será que todas nós realmente acreditamos que é preciso rever este currículo? Ou será que acreditamos que já fazemos o nosso melhor, que já tentamos todas as opções de ação para ajudar esta ou aquela criança e que por isso nada mais pode ser feito?
Aproveitar este tempo que temos para conhecer os olhares e práticas que nossos parceiros desenvolvem na escola, sem “pré-conceitos”, mas aprendendo junto e revendo nossos olhares é fundamental para alcançarmos a escola que desejamos ser melhor.
Não é possível continuar acreditando que apenas um “método”, um olhar, uma ação atende a todas as nossas expectativas, a todas as necessidades de aprendizagem de nossas crianças, a escola é muito mais que isso. Ela se faz em um emaranhado de olhares, expectativas e ações que devemos conhecer, discutir, refletir, rever e replanejar constantemente. Fazer este trabalho sozinho, isolado em nossas salas de aula, sem contar com o olhar do outro e sua voz me deixe realmente sem perspectiva de melhora.
Particularmente acredito que a escola que vivo hoje me obriga a repensar o currículo que desenvolvo, as práticas que escolho para este ou aquele grupo, os conhecimentos selecionados a ensinar, a maneira como vejo minhas crianças e principalmente as intervenções que realizo no encontro de todas estas questões.
As crianças que chegam a escola carregam várias certezas impostas sobre elas pela sociedade, pela família, pela escola e por nós educadores, que muitas vezes a impedem de acreditar serem capazes de vivenciar o aprendizado proposto pela própria escola e não construído no encontro dessas novas mudanças que a sociedade que vivemos nos impõe.
Eu sei, cada vez mais chega a nossas mãos mais questões a serem encaradas e teoricamente resolvidas, questões que a escola de antigamente não trazia tão claramente e que se dizia mais capaz que a de hoje,...a família já não é a mesma, os aprendizados tem se acumulado, as necessidades de atenção e orientação são cada vez maiores. Mas o que podemos fazer?
Uma coisa já estamos fazendo, estamos dedicando tempo de nosso cotidiano atribulado para juntas conhecer e repensar o currículo vivido na Escolinha Branca, estudamos, escrevemos, desabafamos e a oportunidade de compartilhar esta experiência só faz sentido a partir do momento que podemos trazer outros membros da escola para esta discussão, para esse parar e refletir.
Deixar a sensação de impotência de lado que muitas vezes nos incomoda é trazer o nosso cotidiano para o olhar de um grupo que se propõe a construir algo melhor, e fazemos muito, algumas vezes acertamos outras não, mas estamos começando.
Tenho o velho hábito de usar o dicionário para clarear minhas idéias a cerca de palavras que não uso constantemente e que de uma hora para outra se torna presente em minha vida. Recorri ao Larousse e procurei a palavra indagar,...”1.Procurar saber, perguntando. – 2.Investigar, fazer por descobrir, averiguar. – 3.Esquadrinhar, explorar.”
Então vamos lá: Como posso ser um educador mais feliz?, Como posso fazer minhas crianças gostarem mais de aprender? Como posso fazê-las acreditar que são capazes?
Posso perguntar a mim mesma tudo o que preciso, mas acredito que a resposta, só será possível construir no encontro de nossas várias vozes, olhares, práticas e e porque não dizer, esperanças.

“Pensar que a esperança sozinha transforma o mundo e atuar movido por tal ingenuidade é um modo excelente de tombar na desesperança, no pessimismo, no fatalismo. Mas, prescindir da esperança na luta para melhorar o mundo, como se a luta se pudesse reduzir a atos calculados apenas, à pura cientificidade, é frívola ilusão. Prescindir da esperança que se funda também na verdade como na qualidade ética da luta é negar a ela um dos seus suportes fundamentais. O essencial como digo mais adiante no corpo desta Pedagogia da esperança, é que ela, enquanto necessidade ontológica, precisa de ancorar-se na prática. Enquanto necessidade ontológica a esperança precisa da prática para tornar-se concretude histórica, É por isso que não há esperança na pura espera, nem tampouco se alcança o que se espera na espera pura, que vira, assim, espera vã.”
Paulo Freire na apresentação do livro “Pedagogia da Esperança”, Editora Paz e Terra, 1997.

Escritos por Simone Franco.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Registro encontro de 12/08/2011

Sexta-feira,12 de agosto de 2011

  Professores presentes: Onéia, Regina, Edna, Silmara, Simone Cecília, Andréia, Dominique, Mônica, Cláudia e Mafê.

   REUNIÃO DO GT DE CURRÍCULO

   A sugestão da Mafê para hoje era iniciar a leitura da construção das diretrizes curriculares de I e II ciclos, já que é muito importante e trabalhoso produzir esse material coletivamente.
   Onéia sugeriu que mesmo assim continuemos a leitura do texto "Educandos e educadores".
   A sugestão é que formemos grupos por ciclo para a discussão das práticas em sala de aula juntamente com a discussão dos currículos. É importante fazer os relatos escritos para que possam ser socializados com o grupo todo.
   Regina comentou o fato das escolas públicas estarem tão defazadas em relação às particulares. É muito triste ver alunos que saem das escolas públicas e não conseguem acompanhar a particular.
   Regina diz que alfabetizou vários alunos, mas que chegaram "novos alunos" não alfabetizados.
  Andréia comentou que essas crianças não alfabetizadas precisam de atenção o tempo todo em sala de aula.
  A sugestão seria abrir uma turma do 1º ao 5º ano para trabalhar alfabetização com essas crianças. A professora que iria fazer esse trabalho deveria ser especialista em alfabetização.
  O trabalho com as famílias deveria ser priorizado, mesmo diante de algumas anteriores tentativas frustradas.
   Para a próxima semana combinamos de baixar o documento das diretrizes curriculares do 1º ao 5º anos nesse blog, escolher um tópico para leitura e registro (resumo) que acreditamos que possa contibuir para discussão no nosso gt de currículo.

Relato feito pela professora Cláudia











sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Registro encontro de 05/08/2011

Reunião do GT de Currículo
Iniciamos dando continuidade às discussões sobre o texto, retomamos o debate sobre a crítica ao currículo que se volta ao mercado do trabalho, inserindo uma visão crítica sobre o mundo do trabalho e as relações que nossos alunos e alunas estabelecem desde cedo com ele.
E muitas vezes jogamos o peso nos jovens/crianças, como se a culpa fosse somente deles/as se não conseguirem futuramente um bom trabalho. Há muitas variáveis que interferem nas condições de trabalho em nossa sociedade e é preciso tomar cuidado para não reproduzir.
O apelo ao consumismo é algo que precisa ser questionado; as relações entre o ter é algo que situa o ser?
Sobre desiguais na capacidade de aprender – é preciso acreditar que tod@s são capazes de aprender e não estabelecer a priore o quê cada um é capaz, é preciso desafiar a tod@s na aprendizagem. Não podemos situar ninguém como incapazes de aprender.
A Simone falou algo importante que perdi! L Sobre a auto-estima
Por conta desse currículo estar voltado para um modelo de aluno, que hierarquiza os saberes e as aprendizagens, o que se faz para dar conta daqueles/as que não acompanham o currículo são recuperações paralelas, grupos de reforços, mas não se propõe rever esse modelo de currículo que gera essa desigualdade. É preciso rever a estrutura escolar.
E há diferentes cobranças da sociedade, via outras instituições, via provinhas e avaliações IDEB externas que mensuram a qualidade da escola e destorcem a realidade escolar e a capacidade da escola construir um currículo crítico e de qualidade.  
Porque as crianças de 6 anos estão sendo cobradas desta maneira, com relação à alfabetização? Apesar de, inicialmente, o discurso oficial ter sido outro, professoras sentem-se cobradas para alfabetizarem os alunos já no 1º ano.
Professora Dominique disse que no período da tarde está sendo muito difícil manter os alunos concentrados na sala das 13h às 18:20h, particularmente na última aula. Além disso, muitas classes estão saindo mais cedo, o que atrapalha um pouco as aulas de Educação Física.  
As avaliações do governo acabam por formatar as aulas de acordo com as mesmas, o que algumas professoras consideram medíocre, já que não há como nivelar o conhecimento de todos os alunos de todas as escolas, visto que cada aluno tem seu “tempo”.
Janey fez a proposta do grupo se organizar para uma apresentação no Seminário de Práticas Educativas que irá ocorrer em setembro na escola. Mafê sugeriu que houvesse também a discussão das Diretrizes Curriculares do 1º ao 5º ano.
Para o próximo encontro: quem desejar pode compartilhar textos escritos sobre nossas discussões e leituras em diálogo com as experiências em aula.

Registro feito pela Simone Cecília e Vanessa, durante o encontro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Relato do encontro de 29/07/2011

GT Currículo 29/07/2001
Presentes: Cláudia, Mônica, Simone Cecília, Vanessa, Dominique, Mafê, Simone Franco e Janey.

Discussão do texto: Revendo os Currículos no Espelho dos Educandos.

A visão reducionista marcou as décadas de 70 e 80, onde o papel das escolas era de preparar os alunos para o mercado de trabalho.
“Teremos de rever as supostas relações mecânicas entre escolarização e mercado de emprego. Conseqüentemente superar a visão dos alunos como empregáveis, como mercadoria é precondição para repensar o currículo”
(ARROYO, p. 25).
Simone Cecília fala sobre a importância de se fazer uma leitura crítica com os alunos das vivências, sonhos e expectativas, menciona que a Educação Física no passado se preocupava em separar os melhores alunos para os clubes, hoje ela discute a realidade, quais as possibilidades. Não podemos ignorar relação escola x trabalho.
Claudinha diz que muitos de nossos alunos do 8º e 9º ano já estão entrando para o mercado de trabalho e acabam fazendo a relação, ou interessando-se pelo conteúdo ensinado, quando se torna necessário em sua vida. Relatou que um aluno a procurou para perguntar sobre porcentagem que havia ensinado, pois precisou utilizar o cálculo no mercadinho onde trabalha.
 Existe um interesse no aluno, quando eles conseguem perceber os conteúdos inseridos no trabalho. Dominique questiona: Como fazer o aluno interessar-se nas aulas?  Como agir, para que os educados percebam a importância da escola em sua vida no futuro? Os alunos estão apáticos, a única coisa que os motivam na Educação Física é o futebol.
 Simone Franco fala sobre o “Imaginário Social”, onde a acessibilidade de nossos alunos somente a canais abertos é marcante o futebol.
 Simone Cecília apresenta regras oficiais do futebol, arbitragem, mas sem criar hierarquia de saberes, trabalha muito com a realidade social de nossos alunos, levando em conta suas experiências. Em suas aulas mescla meninos e meninas, mas relata que as meninas se anulam.
Mafê questiona: Como pensar o ensino do futebol aqui em nossa escola? Meninos e meninas em um espaço aberto, a questão do toque...  Temos que pensar em um currículo a longo prazo.
Para Simone Cecília, no 4º. Ano a relação de gênero é bem complicada, meninas acabem se excluindo nas atividades. Simone Franco acrescenta a importância de se fazer um trabalho sistemático desde o 1º ano.
Mafê acredita que a documentação, o registro são ferramentas importantes, pensando na defesa de coisas que precisam ser feitas e não deixar somente para a gestão. O registro é fundamental, pensando em uma escola que recebe professores novos a cada ano. Apontamentos para o que tem dado certo, pontos positivos, negativos, formas de agir... A realidade de nossos alunos a indisciplina relacionada aos problemas familiares.
Os alunos precisam ser acolhidos, eles pedem atenção o tempo todo, devido aos problemas sociais e afetivos. Vanessa fala que temos que ser mais cautelosos quando formos mencionar sobre os responsáveis pelos alunos. Hoje os responsáveis não são somente os pais, mas tios, avós, parentes... Temos uma imagem formada de família, mas a sociedade mudou.

“Equacionar o conhecimento, as competências e o currículo no referente do direito de todo o ser humano, particularmente das novas gerações à produção cultural da humanidade, nos levará a um currículo mais rico, mais plural. Um currículo que não secundarize, antes inclua com destaque, mas como direito, a oralidade, a escrita, a matemática, as ciências, e as técnicas de produção, o domínio dos instrumentos e equipamentos culturais produzidos para qualificar o trabalho como atividade humana” (ARROYO, p. 27)


 Ficou combinado para a próxima semana, retomar a leitura da página 27 para discussão.

Relato produzido pela Professora Mônica.