sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Relato do Encontro do dia 30/09/2011

Presentes: Mônica, Claudinha, Vanessa, Simone Cecília, Onéa, Regina, Simone Franco e Mafê.

Lemos o texto postado pela Professora Silmara nesta semana.
E após breve discussão sobre os relatos colhidos no seminário combinamos para o próximo encontro a continuação da leitura do texto do Arroyo da página 33 a 36. Esta leitura deverá ser feita fazendo relação com os relatos. 
Combinamos que durante os próximos encontros terminaremos este caderno e usaremos os dois ultimos encontros do ano para sistematizar propostas de ações que contemplem aspectos do currículo que julgamos importantes durante o estudo.

Texto postado por Simone Franco e Mafê.


domingo, 25 de setembro de 2011

Que farei com este aluno?

No relato do encontro referente a 23/09/2011, postado pela professora Vanessa, faltou uma das respostas à atividade proposta para o Seminário de Práticas Educativas, realizado uma semana antes. Trata-se da minha resposta às questões como vejo os educandos? e quem são esses sujeitos?
Tomei a liberdade de postar esse texto isoladamente, pois a primeira escrita não costuma ser clara e precisa o suficiente para nortear reflexões que contornem subjetividades. E professor de português vocês sabem como pensa: “um texto sempre pode ficar melhor...” (tá, isso também é do imaginário social, mas no meu caso, aplica-se com perfeição). Todavia, para não desvirtuar a proposta, que se concentrava, justamente, no modelo de escrita “tempestade de ideias”, disponibilizo meu texto original para apreciação:
Entendem o que eu quis dizer com “um texto sempre pode ficar melhor”?
 Agora, os pontos que quero destacar e a partir dos quais proponho novas questões, relacionando-as com a reflexão sobre o currículo, tema central de nossos encontros:
Nos ciclos III e IV não temos mais crianças
Pré-adolescência e adolescência. Todos conhecemos as alterações físicas e comportamentais dessas fases, e só o desejo de independência/individualidade e a supervalorização das relações afetivo-sexuais bastam para gerar várias das atitudes agressivas e displicentes que tanto nos obrigam a, no mínimo, “atrasar o conteúdo”.
De que forma o currículo prevê, ou deve prever, o ensino nessas fases da vida dos alunos? E não estou me referindo tão somente a uma Educação Sexual – tema certamente merecedor de tratamento fundamental – e a livros didáticos inteiros dedicados ao assunto “sou jovem e ninguém me entende”, senão a uma proposta viável e séria, voltada para o desenvolvimento físico, intelectual e comportamental dos jovens para a realidade sócio-histórica da qual fazem parte.
Alunos curiosos, mas desinteressados? O que nós, professores, não estamos vendo?
Um exemplo: em uma semana de agosto deste ano, quatro grupos de alunos separados por anos (6os, 7os, 8os e 9os), foram, cada um em um dia, a um cinema – localizado em um shopping, como quase 101% dos cinemas – assistir a uma cópia dublada da segunda parte de Harry Potter e as relíquias da morte. O filme é legal (tem ação, aventura e romance), os atores principais são jovens, bonitos e famosos. Ir ao cinema também é legal.
De modo geral, não houve cobranças de interpretação da narrativa fílmica (eu cheguei a fazer algumas perguntas – nada complexas – sobre o filme, mas em apenas uma turma e, confesso, por ter sido avisada, às pressas, de uma ausência docente).
E quanto aos alunos? Gostaram? Sim, gostaram do banheiro do shopping, da escada rolante, das lojas, da bombonière, das poltronas da sala de cinema, do escurinho do cinema... O filme não importou, a experiência da tela grande, menos ainda. Não sabíamos nós, os professores, que a vivência no ambiente shopping era o que desejavam? E que a combinação pré-adolescentes + passeio de escola + cinema não é igual a “apreciar a sétima arte”, mas a ser pré-adolescentes no cinema (paquerar, “ficar”, comer quilos de pipoca e beber litros de refrigerante, fazer piada com as cenas e personagens do filme etc.)?
OBSERVAÇÃO: não comento comportamentos mais graves de indisciplina relatados pelos professores por entendê-los como casos pontuais, com alunos recorrentemente neles envolvidos.
Enfrentadores, críticos, questionadores, expansivos...
Hoje, os alunos falam, opinam (e como falam!, e como opinam!). Muitos questionam o porquê do que pretendemos ou não fazer, questionam a validade e a necessidade do que ensinamos e do que eles “precisam” aprender. Alguns enfrentam professores, diretores, vices, demais funcionários da escola, e sem qualquer receio de uma punição mais severa. Os que o fazem de modo agressivo são, felizmente, poucos, mas um grande número de alunos enfrenta, com variados níveis de imposição da vontade, as figuras de autoridade.
O espaço e a valorização que a figura e a voz do jovem ocupam na sociedade reforçam os episódios de enfrentamento, já naturais para a faixa etária. A submissão característica de alunos das gerações passadas tende a decrescer cada vez mais (e acreditem, estou me vigiando para evitar julgamentos: não ouso dizer se é melhor ou pior, mas é um fato).
Atualmente, existe algum espaço ou momento, na escola, que verdadeiramente contemple essa postura expansiva dos alunos (excetuando-se os breves momentos, em uma ou outra aula, de um ou outro professor)? Que currículo considera esse comportamento franco, comunicativo e entusiasta – cada vez mais típico – merecedor de incentivo? Esse comportamento é merecedor de incentivo? E em que condições?
Dinâmicos, superficiais e efêmeros como a atual sociedade em que vivemos
Observando com criticidade a sociedade em que vivemos e a vida que levamos (desconsiderando, obviamente as singularidades próprias de grupos sociais restritos), o que apreendemos como o mais comum de nossa época? Superoferta, superacesso e supervalorização de informação, bens e serviços (não por acaso o etnólogo Marc Augé prefere o termo supermodernidade à pós-modernidade). É possível, para qualquer homem que não seja super, processar tudo o que acontece a sua volta? Não. Isso nunca foi possível, ainda mais quando essa “volta” engloba, não raramente, todo o globo...
Ora, para aproveitarmos tudo o que há de disponível (vivemos na era do consumo e do prazer, afinal), então, temos de fazê-lo rápida e superficialmente.
Corro o risco, agora, de parecer obtusa e, também eu, superficial, mas os alunos com os quais trabalhamos são fruto desses excessos: de vontade, de liberdade, de coisas para fazer, de coisas para ter, de identidades para ser, enfim, excesso de tudo. Resultado: inevitáveis angústia e autodepreciação.
De que currículo precisamos para formar pessoas que vivem nesse mundo? De que currículo precisamos para (trans)formar pessoas que atuem nesse mundo?

NOTA SOBRE O TÍTULO: Mais uma vez, voltei a Saramago...

Silmara Rodrigues - professora adjunta de português dos ciclos III e IV

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Encontro do dia 23-09-2011

Presentes - Simone Cecilia, Silmara, Vanessa, Mônica, Claúdia e Simone Franco.
Janey e Mafê não puderam estar presentes, pois estão com LTS.

Tendo em vista a dinâmica que foi proposta no Seminário de Práticas Educativas na apresentação do GT de Currículo, optamos por digitar e socializar os escritos que recolhemos entre os professores de nossa escola. A dinâmica esteve baseada em duas questões que os membros da equipe escolar presentes no seminário deveriam responder, podendo ser anonimamente: "Como vejo os educandos?" e "Quem são esses sujeitos?".
As respostas que obtivemos não foram muitas: somente 7 respostas, sendo que estavam presentes no seminário cerca de 20 pessoas.
A seguir, transcrevemos as respostas que obtivemos:

"Devemos ver os educandos como sujeitos a serem conduzidos por uma prática pedagógica voltada ao cooperativismo, realização de trabalhos em grupos, em que podem interegirem-se (sic), para formarem cidadãos críticos e capazes de assumirem responsabilidades diante do grupo".

"Considerando os alunos do EJA, que são os que eu trabalho, acho que são pessoas que ja têm suas comvicções, suas crenças e seus costumes. Essa característica muitas vezes facilita a aprendizagem (quando as ideias deles não vão de encontro às apresentadas) e algumas vezes dificulta (no caso contrário). Mas em geral são alunos que sabem a importância da educação e, por isso, voltam a estudar".

"Como pessoas que nem sempre sabem disso, mas são ávidas por coisas novas. Gostam de aprender, mas também têm MUITA energia, e é difícil para nós lidar com essa energia toda. Acredito que o papel da escola é mostrar o que eles não conhecem ou não prestam atenção (aí no mundo), mas infelizmente, nem sempre conseguimos".

"Todos os seres humanos, ricos, pobres; infelizes ou felizes; ajustados ou desajustados, são iguais em potencialidades essenciais. Aos menos afortunados falta-lhes apenas as oportunidades e condições materiais para desenvolver-se como ser humano produtivo e digno.
As antigas visões que o homem tem de outro homem eram preconceituosas e essa visão não combina com a atividade dos educadores do século XXI. Todos têm o direito de ser de acordo com suas necessidades produtivas para não serem obrigados a se dirigir para as improdutividades".

"Indivíduos em desenvolvimento que possuem uma cultura/'bagagem específica' que pode e DEVE ser considerada no processo ensino-aprendizagem" (Márcia).
 
Meninas, mesmo em LTS, acompanhei o registro do último encontro.
Para complementar os registros obtidos no Seminário, corrijo o nº de registros obtidos (SETE, 07) - incluindo o registro da CP do NAED Norte, Cristina Antoniazzi - que havia ficado comigo:

"Os educandos são crianças, jovens e adultos; que aprendem. Basta nós, os educadores, acreditarmos neste princípio: todos são capazes de aprender".

Relato escrito pela professora Simone Franco e complementado pela Orientadora Pedagógica Janey Silva.


 

domingo, 18 de setembro de 2011

Tempestade de idéias

Vídeo elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Currículo da Emef. Padre José Narciso Vieira Ehrenberg - Jd. São Marcos, Campinas - SP., como forma de desencadear a discussão que o título do vídeo levanta.
Apresentado para o todo escolar em 19/09/2011 durante o Seminário de Práticas da escola.

Comentário do livro Jogos Cooperativos (Miranda Correia) e um desabafo da profª Dominique - Maio de 2011


Em sua obra sobre Jogos Cooperativos, Miranda Correia, coloca que é comum no exercício do magistério grande parte dos professores considerarem seus conhecimentos (determinados pelos currículos ou por suas convicções pessoais) os mais importantes. Ele é visto como excesso de autoridade do professor e de exclusão do aluno, o qual não se combina com a intenção de estimular a cooperação. Referente a esta colocação eu discordo parcialmente.
Vejo alguns alunos totalmente desinteressados, apáticos e sem interesse. Pergunto quais atividades  eles que gostariam de estar praticando, ou melhor, brincando( de acordo com a sua faixa etária)?  Mas, a resposta não é muito animadora, os meninos rapidamente querem uma bola e as meninas querem apenas ficar sentadas conversando.
Então, mostro o grande leque das atividades que enriquecem a educação física: danças, desportos, jogos de raciocínios, ginástica, jogos cooperativos, pesquisas na internet, enfim uma variedade de atividades que irão enriquecer o seu conhecimento  do seu próprio corpo.
Vejo também o importante papel de como educadora tenho para com os meu alunos, valorizar o seu  conhecimento que ele trás, o seu repertório de vida  ou seja, o seu resgate de conhecimentos  que é muito rico, muitas vezes aplico nas atividades.
Tenho também de conscientizar os meus alunos a criar  hábitos à  prática  de atividades físicas  como também conscientizá-los em adquirir uma alimentação saudável para que no futuro ele saiba preservar a sua saúde, o seu bem estar. A melhorar a sua qualidade de vida praticando atividades prazerosas nas suas horas de lazer. Mas hoje, realmente é muito trabalhoso, muito mesmo, precisa ter muita dedicação e persistência para com esta nova geração!!!!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Relato do Encontro do dia 16/09/2011


Relato do Encontro do dia 16/09/2011
Presentes no encontro:
  • Claudinha, Dominique, Janey, Mafê, Mônica, Onéa, Regina, Silmara e Vanessa.
Conforme combinado no encontro anterior, a professora Simone Franco elaborou o arquivo contendo o “esqueleto” (estrutura) da apresentação (utilizando o software powerpoint) e do vídeo (utilizando o software moviemaker) – para o Seminário de Práticas Educativas do dia 19/09/2011.
Os arquivos (com o “layout” das apresentações) foram enviados pela Orientadora Pedagógica Janey, por e-mail às demais participantes do grupo no dia 11/09/2011, a fim de que todas pudessem contribuir, acrescentando e/ou modificando os arquivos; construindo coletivamente a apresentação.
Devido à exaustiva demanda de trabalho exigida de todas do grupo (em virtude da realização do III Festival de Música e de todas as outras demandas corriqueiras da vida escolar), nem todas puderam fazer contribuições no decorrer da semana.
Sendo assim, no encontro de hoje tentamos encaminhar a apresentação e devido, principalmente, ao tempo restrito de apresentação (máximo: 15 minutos), optamos pela seguinte dinâmica:
·         Iniciaremos com a apresentação (que deverá ser formatada e finalizada pela Orientadora Pedagógica Janey) – que se encarregou de enviá-la às demais participantes até o próximo domingo, 18/09.
·         A seguir, passaremos o vídeo (moviemaker) – quem quiser adicionar imagens, principalmente as professoras do ciclo III e IV – deverá enviá-las (por e-mail) para a professora Simone Franco até o próximo domingo, 18/09.
·         Para finalizar, realizaremos uma espécie de “enquete”, junto aos participantes do seminário, para que nos digam “Como veem os alunos” (Qual a visão que possuem dos nossos alunos)?

Ao final da apresentação, recolheremos as respostas individuais, para sistematização dos resultados e posterior postagem no blog.

Relato feito pela Orientadora Pedagógica Janey Silva

COMO VEJO MEUS EDUCANDOS

Autora: Vanessa Fernandez

São adolescentes de 12 a 16 anos, plenos de energia e alegrias, em sua maioria. Curiosos em aprender História, não são muitos. Adolescência é a fase em que estão descobrindo sentimentos novos e, por isto, por vezes percebo que qualquer caso de amor/paixão/paquera é mais interessante do que estou tentando explicar!
Nesta escola em particular, entre outras, é a fase também, para muitos, de amadurecimento social, na qual ingressam no mercado de trabalho devido a uma responsabilidade precoce em assumir o papel social do adulto. Dentre estes, alguns tem a função de manutenção da casa/família e outros somente para valores materiais pessoais/coletivos (a compra de um tênis Nike original, um boné ou óculos da Oakley, um celular moderno, um videogame, um computador, a mensalidade da Internet...). O trabalho reflete na sala de aula: muitos desistem de estudar porque é difícil conciliar os estudos com o trabalho, há aqueles que não desistem, mas que faltam muito às aulas, ou os que conseguem ser assíduos, mas estão cansados, e, por fim, aqueles em que o trabalho não prejudica o rendimento em sala de aula. Há também aqueles em que o trabalho provoca mudanças no comportamento diário, porque agora são mais maduros/responsáveis, e aqueles em que a responsabilidade de adulto não tirou a meninice da adolescência!
A agressividade também é algo que permeia o cotidiano escolar: muitos adolescentes não aceitam ser repreendidos e “respondem” ao professor, algumas vezes brutalmente, o que machuca pessoalmente e pode acabar com o meu dia! Procuro pensar que algumas expressões são normais para eles e conversar sempre tem sido a melhor saída...
Apesar da agitação geral, consigo “controlar” a sala e vários são os dias em que saio feliz porque acho que consegui dar uma boa aula... Inovações são introduzidas: além da sala de aula, na qual há a lição na lousa, as explicações, a leitura dos livros didáticos e textos por mim selecionados, questões, trabalhos em grupos... utilizo a biblioteca, a informáticas para pesquisas, a sala de vídeo para passar “filmes históricos”, materiais diversificados como confecção de cartolinas e, a exemplo de algumas professoras, já estou pensando num blog... As avaliações trimestrais, no entanto, em sua maioria, não me mostraram bons resultados...

Postado por Simone Franco

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nosso olhar para os estudantes e a organização curricular - pensando em sínteses para o diálogo no Seminário

Meninas, 
Pensando em contribuir para organização de nossa apresentação no Seminário, tomando a idéia de que compartilhar nossas reflexões com o grupo de colegas seria uma boa, e inspirada pelo vídeo produzido pela Si Franco...
Fui aos nossos relatos, desde o início das postagens no blog, buscar trechos que digam de como vemos nossos alunos.
Como os debates são feitos, de maneira geral, a partir da leitura do texto do Arroyo e dos dilemas que vivemos, vejam que a tensão presente em sala também aparece em nossas descrições dos alunos...
Em nossas discussões, colocamos que fazer um levantamento dos saberes que elaboramos a respeitos dos modos de compreensão e comportamento dos alunos pode nos ajudar em nossos planejamentos, na elaboração de metas e reivindicações frente à SME.
Acho que os pequenos recortes que fiz de nossos relatos, podem ser um pontapé para um bom texto a respeito do quanto não sabemos, ou não elaboramos sobre nossos alunos e alunas e como podemos conhecer e saber dizer sobre eles.
Vejam o que acham.
Beijos, 
Mafê


Como o mal-estar nas escolas na relação mestres-alunos pode estar 
indagando os currículos? As indisciplinas, o desinteresse teriam a ver com os conteúdos da docência, com os processos de aprendizagem e com a organização escolar e curricular? 
(...) 
muitos coletivos docentes passam a investigar os currículos a partir dos educandos. Há novas sensibilidades nas escolas e na docência em relação aos educandos. Não há como ignorá-los. 
(...)explorar as novas sensibilidades dos docentes para com os educandos. Como os vemos, como nos obrigam a vê- los, terminará obrigando-nos a repensar o que ensinar, o que aprender e em que lógicas. (...) as reflexões focalizam os educandos e as educandas, como estão mudando e obrigando-nos a rever nosso olhar sobre eles e elas e sobre os conteúdos da nossa docência e de suas aprendizagens. (páginas 20 e 21 do texto de Miguel Arroyo)

Miguel explica que os alunos chegam na escola com identidades de classe, raça, etnia, gênero, território, campo, cidade, periferia e é através dessas imagens que devem ser construídas as imagens dos alunos. Ao repensar o currículo é preciso rever com olhar crítico essas imagens sociais que os alunos trazem para a escola.
A pergunta principal a que o autor coloca é: qual a imagem que temos dos nossos alunos para que consigamos a reestruturação do nosso currículo?
Acho que precisamos pensar muito nisso e tentar conhecer ao máximo nossos alunos para fazer mudanças positivas. Acredito que talvez seja muito difícil sair desse cotidiano que já estamos acostumados com aulas tradicionais. Apesar do caos que se encontra instalado nas escolas,viemos de uma outra geração, e a mudança significa a busca do novo, desconhecido e acaba gerando insegurança por parte de todos nós educadores.
Apesar disso, toda tentativa para melhorar a prática escolar é válida. Então, vamos lá e continuemos nossos estudos sobre currículo.
Texto de Claudinha, 3/06.
“Algumas questões levantadas:
-  Como vemos os educandos?  Quem são esses sujeitos?
- Como vemos o conhecimento que ensinamos? E quais são os novos processos de ensinar e de aprender?
- Quais os significados e quais valores esses conhecimentos passados tem para nossos educandos?
- A forma como vemos nossos educandos influenciam a escolha dos conhecimentos e os significados que eles podem atribuir a estes conhecimentos.
Proposta para próximo encontro: Olhar para estas questões abaixo e escrever pequeno relato sobre elas.
* Como vemos os educandos?  
* Como vemos o conhecimento que ensinamos?
* Quais os significados são atribuidos pelos educandos ao saber ensinado na escola.”

Registro do encontro realizado durante GT pela Profa.Simone Franco, 3/06

“Se o dinamismo atual suplanta o aprofundamento, a aula deveria, então, ser tão dinâmica e superficial quanto todo o resto... Se a imagem é o centro das atenções, a aula deveria ter uma forma que prevalecesse sobre o conteúdo...”
Texto de Silmara (20/05)

“...são crianças de 6 anos que em sua maioria vivenciou a experiência da escola infantil, são muito curiosos e sempre prontos a participar das atividades e como qualquer criança desta idade são bem falantes e agitadas. Moram em um bairro de periferia de Campinas e como todos nós, têm sonhos e planos para o futuro. Embora trabalhe com esta comunidade há cerca de 11 anos, não posso falar sobre a realidade social em que vivem, já que não a vivencio cotidianamente como eles. Sei que trazem marcas dessa realidade, assim como eu também levo para o interior da escola as marcas do vivido por mim.”
Simone Franco (6/6)

não conseguem se organizar, não conseguem fazer relação do conhecimento aprendido com a vida. (...) porque os educandos não conseguem ser atraídos pela escola e não percebem a importância do saber e do aprender, o que precisamos mudar?”
(...)O imediatismo que essa geração vivencia é trazida para dentro da escola e percebemos que os educandos são muito ansiosos para acompanhar os conhecimentos trabalhados em sala de aula. Tentam a todo momento burlar os desafios propostos pelas professoras devido a esta ansiedade.
(...) o crescimento dos educandos e o fato de estarem adolescendo - cada vez mais precoce
Registro do encontro realizado durante GT pela Profa.Simone Franco, (10/6)

“comportamento em alguns meninos (principalmente) que vão “adolescendo” e tornando-se desrespeitosos conosco, agressivos com os colegas, ou mesmo nos mais novos que passam muitas horas nas ruas e aprendem meios de conseguirem o que querem das maneiras mais inimagináveis para nós e que nos chocam...”
Mafê (16/06)

“vejo como crianças relativamente interessadas e curiosas, isto porque não há muita demonstração de interesse pelo que é ensinado. São poucos os alunos que procuram saber algo além do que foi dado, que trazem alguma contribuição para a sala de aula, que contribua para o conhecimento dele ou de seus colegas.”
Onéa (20/06)

“Claudinha diz que muitos de nossos alunos do 8º e 9º ano já estão entrando para o mercado de trabalho e acabam fazendo a relação, ou interessando-se pelo conteúdo ensinado, quando se torna necessário em sua vida. Relatou que um aluno a procurou para perguntar sobre porcentagem que havia ensinado, pois precisou utilizar o cálculo no mercadinho onde trabalha. Existe um interesse no aluno, quando eles conseguem perceber os conteúdos inseridos no trabalho.
(...) 
Simone Cecília (...)Em suas aulas mescla meninos e meninas, mas relata que as meninas se anulam. (...) a relação de gênero é bem complicada, meninas acabem se excluindo nas atividades.
Os alunos precisam ser acolhidos, eles pedem atenção o tempo todo, devido aos problemas sociais e afetivos. Vanessa fala que temos que ser mais cautelosos quando formos mencionar sobre os responsáveis pelos alunos. Hoje os responsáveis não são somente os pais, mas tios, avós, parentes... Temos uma imagem formada de família, mas a sociedade mudou.”
Registro do encontro realizado durante GT pela Profa. Mônica, dia  29/07

“As crianças que chegam a escola carregam várias certezas impostas sobre elas pela sociedade, pela família, pela escola e por nós educadores, que muitas vezes as impedem de acreditar serem capazes de vivenciar o aprendizado proposto pela própria escola e não construído no encontro dessas novas mudanças que a sociedade que vivemos nos impõe.”
Simone Franco, (21/08)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Relato do Encontro do dia 09/09/2011

Presentes no encontro:
  • Claudinha, Janey, Mônica, Onéa, Silmara, Simone Franco e Vanessa.
Nao houve encontro no dia 02/09/2011, em virtude da Reuniao de Conselho do Ciclo I. Entretanto, conforme havíamos combinado, demos início à discussão e construção coletiva da apresentação do grupo, no seminário de práticas educativas (a realizar-se no dia 19/09, nesta U.E).

Recuperamos  algumas idéias já discutidas e fizemos um breve levantamento dos tópicos mais importantes (que devem ser socializados e ampliados nas discussões coletivas):
  • Breve apresentação do BLOG (construção da ferramenta de EAD) e instrumentalização dos usuários (participantes do grupo);
  • Dinâmica que envolva os participantes, no sentido de envolvê-los nas discussões do grupo, a fim de direcionarmos os olhares de cada um sobre:
     
  1. “Qual o olhar que temos dos nossos educandos”?
  2. “Como vejo o conhecimento que ensino”?
SUGESTÃO: 
  • Utilização Vídeo / imagem (talvez: “as cores das flores” – vídeo), que favoreça uma espécie de "brainstorm" (tempestade de idéias), trazendo à tona, as diferentes idéias e opiniões...
  • Início dos encontros (06/05), greve, recesso, discussão das diretrizes curriculares dos anos iniciais, acrescidos da antecipação do Seminário: fatores que interferiram no progresso das discussões e contribuíram para que o grupo encontre-se ainda, num processo - que deverá ter continuidade até o fim do semestre, quando teremos maiores resultados e sugestões para a continuação de nossos estudos, para 2012...
  • Ficou combinado para o próximo encontro:
  • Todas as participantes pensarão em contribuições e as trarão, esquematizadas, para inserirmos na apresentação (feita no powerpoint) pela Simone Franco.
Relato feito pela Orientadora Pedagógica Janey Silva