quarta-feira, 21 de março de 2012

Registro do Encontro de 21/03

Estávamos presentes: Andréia, Clécio, Edna, Regina, Vanessa , Janey e eu - Mafê - responsável por este registro (com apoio das anotações feitas pela Janey durante o encontro.)
Começamos nosso encontro "conhecendo" um pouco mais das festas juninas de Olinda, por meio das memórias narradas por Clécio e pelo encantamento de Edna pelos vídeos que ele posta no facebook. Discutimos sobre a maneira como vemos nossos alunos relacionando-se com as festas da escola... qual a relação entre estas e a cultura local... 
Comentamos a postagem de algumas reflexões que fiz ontem, no blog.
Todos quiseram saber do "caso" que suscitou meu escrito em diálogo com o texto das diretrizes. Eu quis destacar que o "caso" foi apenas um exemplo de tantos... infelizmente e que minha grande questão estava posta no diálogo com a diretriz e com nossos anseios: o que é o mínimo a ser trabalhado na escola: para nós, para alunos e alunas e para famílias... principalmente das vítimas de violência e mais vulneráveis socialmente.
Edna escreveu um texto, mas não postou. - o que fará em breve.
Comentou seu escrito - que levou impresso - conosco, trazendo um fato ocorrido no portão da escola nesses dias: quando um ex-aluno que colocou-se como desafio grande para escola nos anos em que a frequentou, a reconheceu e a abraçou com alegria. Alegria retribuída pela emoção de Edna que constatou o vínculo criado entre eles, por meio do trabalho, do afeto e dos conflitos que fazem parte do cotidiano... e que com aquele aluno eram marcantes pela violência com que ocorriam.
E discutimos sobre qual espaço que temos para um trabalho que valorize e ajude na constituição identitária de nossos alunos e alunas.
Clécio defende que o espaço está dado: a escola... no tempo em que permanecem conosco.
Nos questionamos: como colocamos questões importantes para nossos alunos e alunas no currículo trabalhado em aula?
de que forma podemos construir um currículo sensível voltado para as questões trazidas pelos alunos?
Vanessa comenta que consegue enxergar as histórias que meninos e meninas carregam e por isso não "explodiu" em momentos em que foi agredida verbalmente e tem cuidado na maneira de se relacionar com cada um.
Comentamos que este é um dos "espaços" que conseguimos garantir para conhecê-los melhor e dialogar com cada um deles: o vínculo afetivo.
Regina conta que o fato de ter visitado o abrigo onde vivia um ex-aluno seu mudou a relação que tinha entre eles. Entendeu que ele se sentiu valorizado, respeitado... importante! Regina contou com emoção da festa de natal no abrigo, em que compareceu com sua filha e marido.
Como trazer a questão identitária para o "centro" do trabalho.
Será que promover a compreensão do que é ser criança, jovem e adulto no Jd São Marcos deveria ser a nossa "prioridade", implicada nos processos de produção cultural também no âmbito da escrita...? Isso deveria ser "o mínimo" alcançado com nossos alunos e alunas?
Lembramos do Festival de Música como um possível "detonador" desses debates. Um momento que pode ser privilegiado para repensarmos nossas propostas de trabalho na relação com o que nossos alunos e alunas trazem em suas músicas, danças... e porque não - como sugeriu Clécio - vídeoclipes?

Combinados para semana que vem: Continuar a leitura do texto e/ou debate por meio do blog para que não precisemos interromper o debate iniciado hoje.


Este registro é, como sempre, aberto... Será que um dia teremos registros complementados? rs... Por favor... fiquem tranquil@s, para acessar o texto e editar, por meio do login e senha.



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